Meu descontentamento com a vida nascera comigo. Ouvir o bater da felicidade à porta, vinte e dois anos depois de conviver dia a dia com o destino infeliz de ser quem eu era? Demorei para acreditar. Olhava pela fresta da porta e o que via era o sorriso de um homem aparentemente incomum. Aos poucos fui abrindo espaço para sua chegada. De vez em quando eu me permitia ouvir suas histórias tão cheias de futuro. Desejo de descobrir uma mulher que pudesse ser a mãe de seus filhos. Alguém que ainda acreditasse na força de um amor que pudesse ser eterno, definitivo. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres cheias de graça, 2015, p.180, 181).
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019