Não posso negar. Estou vivendo na pândega alimentar. Não estou nem aí para os conselhos do doutor Gilliard. Outro dia ele quis gritar comigo, dizendo que, se eu não controlar minha alimentação, terei um infarto fulminante. Em breve, salientou. Disse que minhas artérias estão todas entupidas. Olhei pra ele e cinicamente cantei: - Aquela nuvem que passa lá em cima sou eu. Aquele barco que vai mar afora sou eu.- Ele quase me matou com o olhar marejado de ódio. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres cheias de graça, 2015, p.171).
sexta-feira, 15 de novembro de 2019