Os cenários da infância a partir dos olhos da senectude. Cruzar os mesmos espaços que antes cruzava com pernas miúdas, saias curtas e blusas cheias de nódoas. Ver o rio que passava ao fundo, o barranco, as goiabeiras que ficavam perto do curral. Sentir mais uma vez o cheiro do dia partindo a luz, o mugido das vacas, o tropeço dos peões e suas ferramentas. Ver os detalhes que a vida revelou com o tempo, como se fosse uma fotografia que levou anos e anos para se tornar nítida. O distanciamento no tempo revela os detalhes da realidade.(MELO, Pe. Fábio De. Mulheres cheias de graça, 2015, p.72).
terça-feira, 17 de dezembro de 2019