O amor sobrevive de memórias. Essa verdade me acompanha desde menina, quando minha mãe me ensinou o ofício de tecer colchas de retalhos. Fazia questão de contar a história de cada retalho que pegava na mão. Frases curtas mas com significados profundos, não sei ao certo se havia algo de verdade em seus contos, mas isso não importa. Verdadeiras ou não, aquelas histórias me emprestavam alegrias.
Uma colcha de retalhos guarda histórias surpreendentes. Eu aprendi. Olho para a trama da colcha e concluo:" O retalho de veludo marinho não ficou bem neste losango, onde predomina o percal e suas tonalidades apagadas, Parece um lorde inglês perdido em festa de pobre!". (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres cheias de graça, 2015, p.47 e 48).
quarta-feira, 20 de novembro de 2019